quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Eu sinto
Maior que a soma de todas as minhas partes
Um animal doméstico com um coração peludo
Preso dentro de um subúrbio murado
Eu encontrei
Meus gostos são um pouco incomuns
Entre as sombras e as rachaduras
Eu estou construindo minha utopia
Eu preciso
Libertar-me de tudo o que cria laços
Que me faz velho antes do tempo
Neste mundo de distopia
Meu amor
É como uma brihante luz guia
Iluminando na escuridão da noite
A estrela da minha utopia
No movimento das ondas
No ar que respiramos
Você pode me sentir?
Nas estrelas e nas árvores
Na canção das abelhas
Você pode me ouvir?
Memórias douradas engaioladas
Chegou a hora de mostrar seus verdadeiros sentimentos
Eu sei que é a única forma de ser
Quando esses mesmos antigos sentimentos vem sobre mim
Eu sinto
Maior que a soma de todas as minhas partes
Um alienígena de uma estrela distante
Ilhado na distopia
Eu encontrei, meus gostos são um pouco incomuns
Entre as sombras e as rachaduras
Eu estou construindo minha utopia
No movimento das ondas
No ar que respiramos
Você pode me sentir?
Nas estrelas e nas árvores
Na canção das abelhas
Você pode me ouvir?
Em nossa utopia
Você será a rainha e eu serei o rei
Em nossa utopia
Você será livre
Para ser quem você quer ser
domingo, 3 de outubro de 2010
Nós somos as estrelas que cantam
Nós cantamos com nossa luz
Nós somos os pássaros de fogo
Nós voamos pelo céu
Nossa luz é uma voz
Nós fazemos uma estrada para que o espírito passe
Nós somos como o vento
Embrulhado em asas luminosas
Nós fazemos uma estrada para que o espírito passe
Para que o espírito passe
{Dialeto indiano}
Outò, ba mwen son ou,e
Outò, me dê o seu som
Outò, ba mwen son ou,e
Outò, me dê o seu som
Tanbouyè, o ba mwen son ou,
Bateriste, me dê o seu som
Solèy lève
O sol levanta...
Outò, me dê o seu som
Outò, me dê o seu som
Baterista, me dê o seu som
O sol levanta...
{Invocação Voodu - Haiti}
sábado, 2 de outubro de 2010
Xamanismo Tolteca
Se somos algo, somos seres sem nenhuma importância. E se temos algo, é nossa convicção de que somos seres que estão caminhando para a morte e que um dia teremos que encarar o Infinito.
sábado, 18 de setembro de 2010
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
domingo, 12 de setembro de 2010
O Carnaval acabou
O Carnaval Acabou
Lá fora
O aglomerado de nuvens de uma tempestade
Se moveu silenciosamente pelo boulevard empoeirado
Onde flores erguem suas frágeis hastes
Então elas podem por sua vez
Tocar o céu e beijá-lo
Elas são movidas por um estranho desejo
Invisível aos olhos humanos
Alguém está chamando
Eu me lembro de quando você segurou minha mão
No parque nós brincaríamos quando o circo veio à cidade
Olhe! Bem aqui
Lá fora
O aglomerado do circo
Se moveu silenciosamente pelo pelo boulevard molhado
A procissão já passou, a gritaria terminou
Os estranhos talentosos já estão deixando a cidade
Eles são movidos por um estranho desejo
Invisível aos olhos humanos
O carnaval terminou
Nós sentamos e observamos
Assim como a lua ergueu-se ao céu novamente
Pela primeira vez
domingo, 29 de agosto de 2010
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Milton Nascimento - Meu Veneno -
Atrás de meus olhos
Dorme uma lagoa profunda
E o céu que trago na mente
Meu voo jamais alcança
Há no meu corpo um incêndio
Que queima sem esperança
A própria terra que piso
Vira um abismo e me come
Corre em meu sangue um veneno
Veneno que tem teu nome
Dorme uma lagoa profunda
E o céu que trago na mente
Meu voo jamais alcança
Há no meu corpo um incêndio
Que queima sem esperança
A própria terra que piso
Vira um abismo e me come
Corre em meu sangue um veneno
Veneno que tem teu nome
sexta-feira, 16 de julho de 2010
quinta-feira, 10 de junho de 2010
domingo, 16 de maio de 2010
domingo, 9 de maio de 2010
sexta-feira, 30 de abril de 2010
sexta-feira, 23 de abril de 2010
O apanhador de desperdícios
Uso a palavra para compor meus silêncios.
Não gosto das palavras
fatigadas de informar.
Dou mais respeito
às que vivem de barriga no chão
tipo água, pedra, sapo.
Entendo bem o sotaque das águas.
Dou respeito às coisas desimportantes e aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas mais que a dos mísseis.
Tenho em mim esse atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior do que o mundo.
Sou um apanhador de desperdícios:
Amo os restos,
como as boas moscas.
Queria que a minha voz tivesse um formato de canto.
Porque eu não sou da informática:
eu sou da invencionática.
Só uso a palavra para compor meus silêncios.
-Manoel de Barros
Não gosto das palavras
fatigadas de informar.
Dou mais respeito
às que vivem de barriga no chão
tipo água, pedra, sapo.
Entendo bem o sotaque das águas.
Dou respeito às coisas desimportantes e aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas mais que a dos mísseis.
Tenho em mim esse atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior do que o mundo.
Sou um apanhador de desperdícios:
Amo os restos,
como as boas moscas.
Queria que a minha voz tivesse um formato de canto.
Porque eu não sou da informática:
eu sou da invencionática.
Só uso a palavra para compor meus silêncios.
-Manoel de Barros
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Roda do Tempo
Ser um guerreiro não é uma simples questão de querer. E mais uma luta interminável que continuará até o último momento de nossas vidas. Ninguém nasce um guerreiro, exatamente da mesma maneira que ninguém nasce um homem comum. Nós nos tornamos um ou outro.
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Roda do Tempo
Quando um homem entra no caminho dos guerreiros, fica consciente, aos poucos, de que a vida comum ficou para trás para sempre. Isso significa que o mundo comum não é mais um escudo para ele; e que ele deve adotar uma nova maneira de viver, para poder sobreviver.
terça-feira, 6 de abril de 2010
terça-feira, 23 de março de 2010
postado por Emer em Samsara -
Buda disse: O mundo entra em debate comigo, Mas eu jamais entro em debate com o mundo. Thinley Norbu Rinpoche (Tibete, 1931 ~) "A Cascading Waterfall of Nectar"
segunda-feira, 22 de março de 2010
Teatro dos Vampiros
Sempre precisei
De um pouco de atenção
Acho que não sei quem sou
Só sei do que não gosto...
E nesses dias tão estranhos
Fica a poeira
Se escondendo pelos cantos
Esse é o nosso mundo
O que é demais
Nunca é o bastante
E a primeira vez
É sempre a última chance
Ninguém vê onde chegamos
Os assassinos estão livres
Nós não estamos...
Vamos sair!
Mas não temos mais dinheiro
Os meus amigos todos
Estão procurando emprego...
Voltamos a viver
Como há dez anos atrás
E a cada hora que passa
Envelhecemos dez semanas...
Vamos lá, tudo bem!
Eu só quero me divertir
Esquecer dessa noite
Ter um lugar legal prá ir...
Já entregamos o alvo
E a artilharia
Comparamos nossas vidas
E esperamos que um dia
Nossas vidas
Possam se encontrar...
Quando me vi
Tendo de viver
Comigo apenas
E com o mundo
Você me veio
Como um sonho bom
E me assustei
Não sou perfeito...
Eu não esqueço
A riqueza que nós temos
Ninguém consegue perceber
E de pensar nisso tudo
Eu, homem feito
Tive medo
E não consegui dormir...
Vamos sair!
Mas estamos sem dinheiro
Os meus amigos todos
Estão, procurando emprego...
Voltamos a viver
Como a dez anos atrás
E a cada hora que passa
Envelhecemos dez semanas...
Vamos lá, tudo bem
Eu só quero me divertir
Esquecer dessa noite
Ter um lugar legal prá ir...
Já entregamos o alvo
E a artilharia
Comparamos nossas vidas
E mesmo assim
Não tenho pena de ninguém...
De um pouco de atenção
Acho que não sei quem sou
Só sei do que não gosto...
E nesses dias tão estranhos
Fica a poeira
Se escondendo pelos cantos
Esse é o nosso mundo
O que é demais
Nunca é o bastante
E a primeira vez
É sempre a última chance
Ninguém vê onde chegamos
Os assassinos estão livres
Nós não estamos...
Vamos sair!
Mas não temos mais dinheiro
Os meus amigos todos
Estão procurando emprego...
Voltamos a viver
Como há dez anos atrás
E a cada hora que passa
Envelhecemos dez semanas...
Vamos lá, tudo bem!
Eu só quero me divertir
Esquecer dessa noite
Ter um lugar legal prá ir...
Já entregamos o alvo
E a artilharia
Comparamos nossas vidas
E esperamos que um dia
Nossas vidas
Possam se encontrar...
Quando me vi
Tendo de viver
Comigo apenas
E com o mundo
Você me veio
Como um sonho bom
E me assustei
Não sou perfeito...
Eu não esqueço
A riqueza que nós temos
Ninguém consegue perceber
E de pensar nisso tudo
Eu, homem feito
Tive medo
E não consegui dormir...
Vamos sair!
Mas estamos sem dinheiro
Os meus amigos todos
Estão, procurando emprego...
Voltamos a viver
Como a dez anos atrás
E a cada hora que passa
Envelhecemos dez semanas...
Vamos lá, tudo bem
Eu só quero me divertir
Esquecer dessa noite
Ter um lugar legal prá ir...
Já entregamos o alvo
E a artilharia
Comparamos nossas vidas
E mesmo assim
Não tenho pena de ninguém...
quinta-feira, 18 de março de 2010
segunda-feira, 15 de março de 2010
Osho - A vida não é uma aula de filosofia
A consciência iluminada não possui respostas.
A sua beleza é o não ter respostas.
Todos os seus questionamentos foram dissolvidos, desapareceram. As pessoas pensam o contrário: elas pensam que o homem iluminado precisa ter uma resposta para tudo. A realidade é que ele não tem resposta alguma. Ele não tem perguntas. Sem perguntas, como ele pode ter respostas?
Gertrude Stein, uma grande poeta, estava morrendo, rodeada pelos seus amigos, quando de repente ela abriu os olhos e perguntou: “Qual é a resposta?”
Alguém disse: “Mas nós não temos a pergunta, como poderemos ter a resposta?”
Ela abriu os seus olhos, uma última vez e disse: “Ok, então qual é a pergunta?” e então morreu. Uma estranha última declaração.
É belíssimo descobrir as últimas palavras de poetas, pintores, dançarinos e cantores. Eles possuem algo tremendamente significativo dentro deles.
Primeiro ela perguntou: “Qual é a resposta?”… como se a pergunta não pudesse ser diferente para seres humanos diferentes. A pergunta precisa ser a mesma; não há necessidade de articulá-la. E ela estava com pressa, então ao invés de seguir o caminho apropriado – fazer a pergunta e então ouvir a resposta – ela simplesmente perguntou, “Qual é a resposta?”
Mas as pessoas não compreendem que cada ser humano está na mesma posição: a mesma pergunta é a pergunta de todos. Então alguma pessoa estúpida perguntou, “Mas nós não temos a pergunta, como poderemos ter a resposta?”
Parece lógico, mas não é: é simplesmente estúpido -e para uma pessoa morrendo… Mas a pobre mulher abriu seus olhos mais uma vez. Ela disse, “Ok, qual é a pergunta?” E então fez-se silêncio.
Ninguém conhece a pergunta, ninguém conhece a resposta. Na verdade não há nenhuma pergunta e não há nenhuma resposta; há somente um modo de viver em confusão, na mente. E lá há milhões de perguntas e milhões de respostas, e cada resposta acarreta em centenas de perguntas a mais, e não há fim para isso.
Mas há um outro modo de vida: viver em consciência – e aí não há resposta e não há pergunta.
Se eu estivesse presente quando Gertrude Stein estava morrendo diria a ela, “Este não é o momento para se incomodar com perguntas e respostas. Lembre-se de que não há pergunta e que não há resposta: a existência é totalmente silenciosa à respeito de perguntas e respostas. Ela não é uma aula de filosofia. Morra sem nenhuma pergunta e sem nenhuma resposta; simplesmente morra silenciosa, consciente e pacificamente.”
Do livro: The Path of the Mystic.
A sua beleza é o não ter respostas.
Todos os seus questionamentos foram dissolvidos, desapareceram. As pessoas pensam o contrário: elas pensam que o homem iluminado precisa ter uma resposta para tudo. A realidade é que ele não tem resposta alguma. Ele não tem perguntas. Sem perguntas, como ele pode ter respostas?
Gertrude Stein, uma grande poeta, estava morrendo, rodeada pelos seus amigos, quando de repente ela abriu os olhos e perguntou: “Qual é a resposta?”
Alguém disse: “Mas nós não temos a pergunta, como poderemos ter a resposta?”
Ela abriu os seus olhos, uma última vez e disse: “Ok, então qual é a pergunta?” e então morreu. Uma estranha última declaração.
É belíssimo descobrir as últimas palavras de poetas, pintores, dançarinos e cantores. Eles possuem algo tremendamente significativo dentro deles.
Primeiro ela perguntou: “Qual é a resposta?”… como se a pergunta não pudesse ser diferente para seres humanos diferentes. A pergunta precisa ser a mesma; não há necessidade de articulá-la. E ela estava com pressa, então ao invés de seguir o caminho apropriado – fazer a pergunta e então ouvir a resposta – ela simplesmente perguntou, “Qual é a resposta?”
Mas as pessoas não compreendem que cada ser humano está na mesma posição: a mesma pergunta é a pergunta de todos. Então alguma pessoa estúpida perguntou, “Mas nós não temos a pergunta, como poderemos ter a resposta?”
Parece lógico, mas não é: é simplesmente estúpido -e para uma pessoa morrendo… Mas a pobre mulher abriu seus olhos mais uma vez. Ela disse, “Ok, qual é a pergunta?” E então fez-se silêncio.
Ninguém conhece a pergunta, ninguém conhece a resposta. Na verdade não há nenhuma pergunta e não há nenhuma resposta; há somente um modo de viver em confusão, na mente. E lá há milhões de perguntas e milhões de respostas, e cada resposta acarreta em centenas de perguntas a mais, e não há fim para isso.
Mas há um outro modo de vida: viver em consciência – e aí não há resposta e não há pergunta.
Se eu estivesse presente quando Gertrude Stein estava morrendo diria a ela, “Este não é o momento para se incomodar com perguntas e respostas. Lembre-se de que não há pergunta e que não há resposta: a existência é totalmente silenciosa à respeito de perguntas e respostas. Ela não é uma aula de filosofia. Morra sem nenhuma pergunta e sem nenhuma resposta; simplesmente morra silenciosa, consciente e pacificamente.”
Do livro: The Path of the Mystic.
quinta-feira, 11 de março de 2010
Lao Tsé - Tao Te Ching - verso 22
Aquele que conhece o outro é sábio.
Aquele que conhece a si mesmo é iluminado.
Aquele que vence o outro é forte.
Aquele que vence a si mesmo é poderoso.
Aquele que conhece a alegria é rico.
Aquele que conserva o seu caminho tem vontade.
Aquele que conhece a si mesmo é iluminado.
Aquele que vence o outro é forte.
Aquele que vence a si mesmo é poderoso.
Aquele que conhece a alegria é rico.
Aquele que conserva o seu caminho tem vontade.
Seja humilde, e permanecerás íntegro.
Curva-te, e permanecerás ereto.
Esvazia-te, e permanecerás repleto.
Gasta-te, e permanecerás novo.
Curva-te, e permanecerás ereto.
Esvazia-te, e permanecerás repleto.
Gasta-te, e permanecerás novo.
O sábio não se exibe, e por isso brilha.
Ele não se faz notar, e por isso é notado.
Ele não se elogia, e por isso tem mérito.
E, porque não está competindo,
ninguém no mundo pode competir com ele.
Ele não se faz notar, e por isso é notado.
Ele não se elogia, e por isso tem mérito.
E, porque não está competindo,
ninguém no mundo pode competir com ele.
terça-feira, 9 de março de 2010
CARAVAGGIO: The Incredulity of Saint Thomas
João 20:26-28
26Oito dias depois estavam os discípulos outra vez ali reunidos, e Tomé com eles. Chegou Jesus, estando as portas fechadas, pôs-se no meio deles e disse: Paz seja convosco.27Depois disse a Tomé: Chega aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; chega a tua mão, e mete-a no meu lado; e não mais sejas incrédulo, mas crente.
28Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu, e Deus meu!
domingo, 7 de março de 2010
Carlos Castaneda-Viagem a Ixtlan
Lembrou-me de que uma vez eu lhe lera um poema e quis que eu o
recitasse. Deu algumas palavras do poema e eu me recordei de lhe ter lido
uns poemas de Juan Ramon Jimenez. Esse especial que ele citava era
intitulado El Viaje Definitivo (A Viagem Definitiva).
Eu o recitei:
"... e eu partirei. Mas os pássaros ficarão, cantando:
e meu jardim ficará, com sua árvore verdejante,
com seu poço d'água.
Em muitas tardes os céus serão azuis e plácidos,
e os sinos da torre repicarão,
como repicam esta tarde.
Aqueles que me amaram passarão,
e a cidade explodirá de novo cada ano.
Mas meu espírito sempre vagará nostálgico
no mesmo recanto escondido de meu jardim florido. "
— É esse o sentimento de que fala Genaro — disse Dom Juan. — Para ser feiticeiro, o homem tem de ser apaixonado.
Depressa, desviei o olhar. A paixão de Dom Genaro e sua suprema solidão fizeram-me chorar. Olhei para Dom Juan. Estava-me fitando.— Só como guerreiro pode-se sobreviver no caminho do conhecimento — disse ele. — Pois a arte de um guerreiro é equilibrar o terror de ser homem com a maravilha de ser homem.
recitasse. Deu algumas palavras do poema e eu me recordei de lhe ter lido
uns poemas de Juan Ramon Jimenez. Esse especial que ele citava era
intitulado El Viaje Definitivo (A Viagem Definitiva).
Eu o recitei:
"... e eu partirei. Mas os pássaros ficarão, cantando:
e meu jardim ficará, com sua árvore verdejante,
com seu poço d'água.
Em muitas tardes os céus serão azuis e plácidos,
e os sinos da torre repicarão,
como repicam esta tarde.
Aqueles que me amaram passarão,
e a cidade explodirá de novo cada ano.
Mas meu espírito sempre vagará nostálgico
no mesmo recanto escondido de meu jardim florido. "
— É esse o sentimento de que fala Genaro — disse Dom Juan. — Para ser feiticeiro, o homem tem de ser apaixonado.
Depressa, desviei o olhar. A paixão de Dom Genaro e sua suprema solidão fizeram-me chorar. Olhei para Dom Juan. Estava-me fitando.— Só como guerreiro pode-se sobreviver no caminho do conhecimento — disse ele. — Pois a arte de um guerreiro é equilibrar o terror de ser homem com a maravilha de ser homem.
SENSAÇÃO - JEAN-NICHOLAS ARTHUR RIMBAUD
Sensation
Par les soirs bleus d’été, j’irai dans les sentiers,
Picoté par les blés, fouler l’herbe menue :
Rêveur, j’en sentirai la fraîcheur à mes pieds.
Je laisserai le vent baigner ma tête nue.
Je ne parlerai pas, je ne penserai pas :
Mais l’amour infini me montera dans l’âme,
Et j’irai loin, bien loin, comme un bohémien,
Par la Nature, - heureux comme avec une femme.
Sensação
Nas tardes de verão, irei pelos vergéis,
Picado pelo trigo, a pisar a erva miúda:
Sonhador, sentirei um frescor sob os pés
E o vento há de banhar-me a cabeça desnuda.
Par les soirs bleus d’été, j’irai dans les sentiers,
Picoté par les blés, fouler l’herbe menue :
Rêveur, j’en sentirai la fraîcheur à mes pieds.
Je laisserai le vent baigner ma tête nue.
Je ne parlerai pas, je ne penserai pas :
Mais l’amour infini me montera dans l’âme,
Et j’irai loin, bien loin, comme un bohémien,
Par la Nature, - heureux comme avec une femme.
Sensação
Nas tardes de verão, irei pelos vergéis,
Picado pelo trigo, a pisar a erva miúda:
Sonhador, sentirei um frescor sob os pés
E o vento há de banhar-me a cabeça desnuda.
Calado seguirei, não pensarei em nada:
Mas infinito amor dentro do peito abrigo,
E como um boêmio irei, bem longe pela estrada,
Feliz – qual se levasse uma mulher comigo.
Mas infinito amor dentro do peito abrigo,
E como um boêmio irei, bem longe pela estrada,
Feliz – qual se levasse uma mulher comigo.
(Tradução de José Machado Sobrinho)
Stalker ( Andrei Tarkovsky )
Ouçam isso:
E sobreveio então um grande
terremoto...
O sol escureceu como um
tecido de crina...
a lua tornou-se vermelha
como sangue...
e as estrelas do céu caíram
na Terra...
como fruta verde que cai
da figueira...agitada por forte ventania,
O céu desapareceu como um pedaço
de papiro que se enrola...
e todos os montes e ilhas foram
tirados dos seus lugares,
Então, os reis
os grandes...
os ricos,
os poderosos...
os fortes e todos
os homens livres...
esconderam-se nas cavernas e
grutas das montanhas.
E diriam às montanhas e aos
rochedos: "Caiam sobre nós'...
escondei-nos da face D'Aquele
que está no trono...e da ira do Cordeiro.
Porque chegou o grande dia
da sua ira...
e quem vai sobreviver?
sábado, 6 de março de 2010
sexta-feira, 5 de março de 2010
quinta-feira, 4 de março de 2010
A Xamã
SZAMANKA (Szamanka AKA Chamanka -1996) de Andrzej Zulawski
Polônia, França e Suiça; 110 min, colorido
Polônia, França e Suiça; 110 min, colorido
Sinopse: Um professor de antropologia conhece uma jovem e impulsiva estudante de engenharia num apartamento que está para ser alugado. Por razões misteriosas acabam sendo atraídos um para o outro, iniciando uma relação física insana e desesperada. O professor, que na defesa de sua tese de doutorado, torna-se cada vez mais obcecado por um xamã mumificado, começa a dar sinais de loucura enquanto é exaurido pela sexualidade voraz da estudante, conhecida apenas como “A Italiana”.
quarta-feira, 3 de março de 2010
Miguel Ruiz - Os Quatros Compromissos - Filosofia Tolteca
Precisamos perdoar os que sentimos nos ter feito mal, não porque mereçam ser perdoados, mas porque amamos tanto a nós mesmos que não queremos ficar prestando atenção nas injustiças.
Em primeiro lugar,precisamos perdoar nossos pais, nossos irmãos, amigos e a Deus. Uma vez que perdoe a Deus, finalmente você está pronto para perdoar a si mesmo, a auto-rejeição em sua mente termina. A auto-aceitação se inicia, o auto-amor irá crescer tão forte que você finalmente aceitará a si mesmo da forma que você é. Esse é o início do ser humano livre. O esquecimento é a chave.
Você saberá que esqueceu alguém quando enxergar alguém e não apresentar nenhuma reação emocional. Você escutará o nome da pessoa e não terá reação emocional. Quando alguém puder tocar o que costumava ser um ferimento e você não sentir mais dor, então saberá que está perdoado.
A grande diferença entre um guerreiro e uma vítima é que a vítima reprime,e o guerreiro controla. A vítima reprime porque tem medo de mostrar as emoções, medo de dizer o que deseja dizer. Controlar não é a mesma coisa que reprimir. Controlar é segurar as emoções, a fim de expressá-las no momento adequado, nem antes nem depois. Por isso os guerreiros são impecáveis. Eles possuem controle completo sobre as próprias emoções e, portanto, sobre o próprio comportamento.
terça-feira, 2 de março de 2010
Roda da Fortuna ( bon retour )
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